25.3.03

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PARA NINAR DOROTHY



- Tia Borboleta, não consigo dormir...

- Deita, menina bonita, deita que a tia vai contar uma história para chamar teu sono...

Era uma vez uma linda menininha, loira e linda como tu. Ela era uma princesinha, vivia feliz com seu papai e sua mamãe, bem como tu. Cresceu e virou uma linda mulher, cheirosa e bela, tal qual uma rosa. Ela era suave, graciosa e calma como aquelas pequenas fontes de jardim japonês. Quem chegava perto dela imediatamente se sentia -- por comparação -- barulhento, desajeitado e deselegante demais. Um dia, um garboso cavalheiro a pediu em casamento, e ela aceitou. Casaram, e depois de um certo tempo tiveram um menininho lindo e dourado como a mãe. O conto de fadas parecia estar chegando naquela fase do "felizes para sempre".

Sabemos, eu e tu, minha menininha, que é justamente aí que aparece alguma fada má. E apareceu mesmo. A Fada do Silêncio e do Desencontro lançou um terrível feitiço sobre o menininho, e ele sempre via a mãezinha dele distorcida. O que as pessoas viam como elegância e suavidade, ele via como frieza. O que a mãe pretendia que fosse uma criação que o tornasse forte e independente, ele via como desinteresse e rejeição. Tudo obra daquela fada má. E assim passou o tempo, e o menino virou um belo homem, mas muito triste.

Acontece que este menininho era um herói, minha menina, e destinado a ser exemplo para muitos. Os anjos do céu não estavam nada felizes com a tristeza dele, e viviam a pedir a Nosso Senhor que fizesse algo para quebrar o feitiço. O Mestre sorria e dizia: "Ainda não, ele precisa ficar mais forte." Toda a vez era assim, à medida em que o tempo passava e o nosso menino dourado passava por aventuras cada dia mais tristes. Os anjinhos perguntavam, "Senhor?..." e Jesus respondia "Ainda não."

Depois de muito tempo, quando o menino já tinha atingido sua maturidade, e sua mãezinha era ainda elegante e suave, mas agora uma senhora de certa idade, Jesus finalmente declarou: "Agora o coração e a alma dele estão grandes o suficiente. Agora ele pode aprender a lição de suavidade e serenidade com sua mãe, e vencer sozinho este feitiço. Que assim seja."

E záz! De um dia para o outro, a mãezinha do nosso menino dourado ficou doente. Frágil como um cristal, gelada e fraquinha, mas ainda suave e elegante, serena e forte como sempre fora. E as lentes que distorciam a visão do nosso herói caíram de seus olhos, e eis que ele viu a mãe pela primeira vez como ela verdadeiramente era. Ninguém pode imaginar o espanto do nosso menino dourado, e a explosão de amor que tomou conta de seu coração. Que mãe linda ele tinha! Ele nem sabia! Que surpresa...

Mas a mãezinha continuava muito doente, e parecia melhorar apenas para piorar um pouquinho mais. E o coração do nosso menino foi ficando do tamanho de uma ervilha, doído, porque ele tinha medo de perder o que havia acabado de conquistar. E a cada momento, o carinho e o entendimento com sua mãezinha ficava maior, e maior também ficava o medo. O medo, este é o dragão que nosso herói teve de enfrentar em nossa história.

- Tia Borboleta, medo de que?

- Medo da perda, minha criança.

Medo de que sua mãezinha dormisse e nunca mais acordasse e ficasse distante dele, ele que a tinha perto de verdade pela primeira vez. Isto porque ele não conhecia o segredo que estava por aprender, que a morte não nos afasta daqueles que amamos, ao contrário, nos tira os amados de nossa frente e os coloca DENTRO de nós. Onde ninguém pode separá-los de nós. A mãezinha dele já conhecia o segredo e vivia tentando tranquilizá-lo, mas com todo herói, pequena, ele não conseguia aprender pela experiência alheia. Para saber, ele tinha de experimentar. E Jesus novamente disse: Assim seja.

E a mãezinha dele foi para o hospital, e lentamente, durante quase um mês, ela foi ficando no físico cada dia mais distante, e no espírito cada dia mais próxima. Nosso menino dourado foi vencendo seu dragão. Até que, num dia abençoado, nosso herói finalmente venceu, e sua mãe ficou morando para sempre em seu coração, segura e feliz. E assim viveram para sempre.

- Gostaste da história?

- Gostei sim, tia Borboleta. Mas eu tenho uma pergunta...

- Fala, criança...

- A menina desta história, que virou a mãezinha...

- Que tem ela?

- A menina sou eu?

- A menina foi tu, querida. Agora tu és um anjo. Agora deita em tua cama de flores e dorme.

- Boa noite, Tia Borboleta.

- Boa noite, Anjinho do Céu.

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Borboleta de Luto



22.3.03



Sueña - Luis Miguel




Sueña
Con un mañana
Un mundo nuevo
Debe Llegar



Ten fé
Es muy posible
Si tu estás
Decidido



(coro)
Sueña
Que no existen fronteras
Y amor sin barreras
No mires atrás



Vive
con la emoción
De volver a sentir, a vivir
La paz



Siembra
En tu camino
Un nuevo Destino
Y el sol brillará



Donde
Las almas se unan en luz
La bondad y el amor
Renacerán



Y el día que encontremos
Ese sueño cambiarás
No habrá nadie que destruya
De tu alma la verdad



(coro)
Sueña
Que no existen fronteras
Y amor sin barreras
No mires atrás



Ten fé
Es muy posible
Si tu estás
Decidido



Sueña
Con un mundo distinto
Donde todos los días
El sol brillará



Donde
Las almas se unan en luz
La bondad y el amor
Renacerán



Sueña, sueña tú...



Sueña





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Veleiro de Luz



A faxina continua. Só que agora, a lavagem da alma e da sala da borboleta está sendo feita com lágrimas. Elas não param de escorrer, e vão levando na enxurrada todos os sentimentos ruins, as coisas guardadas, as velhas dores. A alma e a sala vão ficando lavadas, limpas, renovadas. Tudo segue na enchente que Ele causou. Ah, Carneirão, porque tivestes de morrer?

Estou tentando lidar com a situação, de verdade. Num canto da sala, no mais protegido deles, armei um pequeno memorial, onde coloquei um lindo vaso com rosas, presente do meu amigo Dennis, a foto de suas covinhas e de seu sorriso brilhante, uma miniatura de um veleiro e a oração mais bonita que encontrei. Iluminando tudo, uma lamparina cheia de óleo aromático. Assim eu pensava que poderia tê-lo perto de mim, sentir menos sua falta.

De repente, sinto uma presença na sala, bem atrás de mim. Surpresa, mas não assustada, pois nada de mal pode me atingir aqui, eu me virei. Dei de cara com o Carneirão. Ele me fitava sério, mas com um sorriso no olhar. Ao vê-lo ali, meu coração parecia que ia arrebentar de tanta tristeza. Não sei o que eu esperava fazer, dizer, de que modo pensei que agiria ao vê-lo assim, diante de mim, cheio de luz. Certamente não esperava ficar com tanta raiva. Mas fiquei mesmo cega de raiva, e falei por entre dentes, enquanto uma única lágrima zangada me descia pelo rosto:

- Carneiro fujão! Malvado! Que coisa feia, um homem tão educado, partir sem dizer adeus! Não teve pena de um único amigo seu!

- Ah, Butterfly, disse ele baixinho. Justo minha borboleta de asas azuis me acusar assim? E logo agora, que venho despedir-me, quase fugido? Sabes que tenho de partir... mas mesmo assim vim dizer adeus a ti, e brigas comigo.

O olhar dele desmanchou minha zanga. Eu já não conseguia segurar as lágrimas, que desciam ainda mais fortes. Pelo prisma do pranto, ele faiscava coberto de mil e um arco-íris, como se estivesse vestido de diamantes e sob uma forte luz. E vi que ele agora sorria, mas os olhos estavam tristes. Tentei segurar o pranto, ser mais positiva a respeito de tudo, afinal ele estava ali, e eu podia ver que estava bem. Mas só conseguia chorar e balbuciar, sentida:

- Você vai mesmo embora...

- Vou. Deram-me de presente este lindo veleiro, não podes vê-lo de tua janela?

Com efeito, lá estava ele. Faiscava ainda mais que o dono, era uma jóia pendurada no pescoço do céu. Lindo, mágico. Fiquei muda de espanto a contemplar aquela beleza toda.

- Vês, borboleta, porque não posso ficar? Consegues imaginar os oceanos que vou cruzar com esta belezura, carinho?

- Só vejo o vazio da minha vida sem você, Carneirão...

O olhar dele era todo censura agora. Nenhum sorriso nos olhos, a boca fechada em uma muda reprovação. De uma só vez vi o tamanho do meu egoísmo, enxerguei pelos olhos dele a injustiça que eu cometia, sem pensar. Baixei os olhos, envergonhada. Respirei fundo, enxuguei as lágrimas com as costas da mão, bastante sem jeito.

- Desculpa, querido... não estou pensando direito... foi tudo tão de repente... Fico o tempo todo pensando que nem um único beijo ou abraço eu pude dar... eu estou entalada com o afeto que não posso mais dar a você. E você vai para longe agora.

Finalmente, ele sorriu com os lábios e os olhos ao mesmo tempo. O efeito foi tão devastador que fechei os meus olhos, não podia suportar aquele brilho. Comecei a sentir uma leveza e uma tontura estranhas. Escutei a voz dele, de longe, dizendo que mantivesse os olhos fechados. Eu senti que ele me abraçava. Não consigo descrever a sensação daquele abraço, a não ser que parecia que todas as coisas boas do mundo tinham se enroscado em mim ao mesmo tempo. Senti um toque muito leve em minha testa.

Devo ter me perdido no desfrute daquele abraço porque, quando dei por mim, já não havia outra pessoa na sala, e pela janela podia ver o veleiro se afastando e lentamente virando uma estrela um pouco mais brilhante que o resto.

Olhei em volta, desnorteada, e percebi que o pequeno memorial estava diferente. No lugar das rosas naturais e do veleiro de madeira, agora havia flores e barco de um cristal tão branco, tão delicado, que não me atrevi a tocar. Junto ao vaso, um bilhete com uma letra que eu não conhecia, mas sabia a quem pertencia. A mensagem era curta:

"Seja feliz, Borboleta amada. Beijos, Alex."

18.3.03

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É duro quando morre um amigo. Ficamos sem saber o que fazer, como expressar, que vínculo declarar com esta pessoa, para que quem está à nossa volta entenda o tamanho da nossa perda. Afinal, dizem alguns olhares, não é família, porque está assim? É pior, para pessoas que não têm esta convivência na Net, quando é um "amigo virtual". Os amigos não internautas olham para você com uma cara estranha, ao vê-la chorar por uma pessoa que "você nunca viu". Esta frase me deixa triste e zangada, como se amizade e sentimento estivessem vinculados à visão apenas. Cegos por acaso não podem ter amigos, é isso?

Mas não estou escrevendo para discutir se amigos virtuais são amigos de verdade, nem em que nível. Estou aqui para declarar que o MUNDO TODO perdeu uma pessoa especial. Eu, que tive um contato pequenino demais com este homem, digo que ele vai me fazer falta o resto dos meus dias. Que Alex Cabedo é o meu futuro do pretérito. Que linda história seria, que coisa especial se construiria, se Deus houvesse permitido que o oceano que estava entre nós se desvanecesse, e de repente nos encontrássemos juntos, no mesmo lugar, olhando juntos para a lua.

Porque o Alex me dava vontade de olhar a lua. De falar bobagens ao pé do ouvido. De fazer ternurinhas e delicadezas. Perdê-lo antes que estas coisas pudessem se realizar, ah, é uma dor tão funda... Que viagem maravilhosa seria...

Eu não vou deixar de sorrir, Alex, porque sei que você não gostaria. Sei que você ficaria bravo comigo de me encolher num canto escuro e chorar, como fiz hoje. Não, você não ia gostar nada. Você gostava de conversar, de rir, de namorar, de velejar, de estar com os filhos (Ah, seus filhos, Alex! Não posso pensar muito neles agora...), de ser feliz. E eu vou buscar a felicidade, quase como uma homenagem à você. Mas nunca mais vou poder olhar a lua do mesmo jeito. O mar que temos agora pelo meio, querido, é ao mesmo tempo mais difícil e mais fácil de cruzar. Ainda estaremos juntos.

Sei que as pessoas não entendem. Ninguém entende. Mas nós nos entendíamos, Alex, sem olhares e sem toques, sem que fosse preciso sequer dizer muito. E pensar que você foi o leitor que primeiro manifestou agrado pelo Asa... e sempre manifestou um agrado por mim que me trazia estrelas aos olhos. Pedindo sua licença, querido, vou terminar este texto com palavras suas, para que as pessoas entendam um pouco mais. Descanse em paz

Querida Sue, borboleta das asas azuis.

Não dá para explicar o que me passou aqui dentro com as tuas Palavras, porque

"Elas possuem a capacidade de em poucos minutos cruzar mares,
saltar montanhas, atravessar desertos, intocáveis."

Que posso eu acrescentar? Que muitas vezes te escuto e sinto o arrepio da intimidade prestes a revelar-se? E que vejo a doçura do teu génio escorrer pelas entrelinhas, como se cada fala tua fosse um favo carregado de mel? E que, ainda por cima, tenho muita vontade de te ver e descobrir o som do teu sorriso? Tudo isso é certo, tudo isso é pouco.

O real é a espera, a saudade daquilo que nunca tivémos. Um sobressalto feito promessa de beijo. Um mesmo raio de lua que nos faz divagar juntos, ainda que com tanto mar pelo meio.

Um beijo grande.
Alex
Começou.

Não dá para respirar um pouquinho de ar fresco, deixar o sol entrar um pouquinho que seja, sem que a tempestade venha correndo desabar sobre nossas cabeças.



Abro a porta. Faz um tempo que não entro aqui. Está escuro, as janelas fechadas tornando o ar viciado. Uma fina camada de poeira branca cobre tudo, como um manto de esquecimento. Um livro esquecido, aberto, as páginas repousando sobre a mesa.Um casaco jogado, esquecido, no braço da poltrona. Tudo aqui cheira à negligência, onde um dia tudo era cuidado. Mas o dom da cura é o maior presente que o ser humano recebeu de Deus. Abro as janelas de sopetão, escancarando-as.

Os pequenos grãos de poeira flutuam no ar, refletindo a luz com um milhão de liliputianos flocos de neve. Eu um dia sentei aqui, nesta poltrona, e me predispus a escrever sobre minha borboleta. Sobre minhas aventuras no casulo. As palavras estão aqui e ali, um versinho encostado no peitoril da janela logo voa para o meio da rua. Vai, filho meu, tua mãe te criou mesmo para os outros. Corre, ganha o mundo. Abro a gaveta, encontro esperanças que estavam perdidas. Lá no fundo, uma encharpe de seda colorida como asas de borboleta, esquecida.

Algo acontece. Não sei dizer o que é, mas é algo que já devia ter acontecido. A encharpe, na mão, encosto-a no rosto. Ainda cheira a lavanda. Decidida, expulso a poeira com este pedaço de pano colorido, que estala na minha mão como achas na lareira. A luz que vem das janelas expulsa alguns fantasmas que estavam escondidos nas entrelinhas. Quase danço agora, acariciando as lombadas dos livros com minha seda asa-de-borboleta. Os títulos, em folha de ouro, brilham agradecidos.

Estou aqui, estou aqui, estou de volta! Meu sonho, minha alma, minha alegria, minha esperança, cheguei. Viajei longe, mergulhei fundo, perdi mundos, ganhei paraísos. Parti meu coração um milhar de vezes, em um milhão de pedaços. Mas aqui é minha casa, e não há aventura que não acabe com a volta ao lar. Esta sala, dolorosamente vazia sem ELA, que me guia, que me consola, que me bate se faço besteira. Mas hei de tornar este lugar novamente no lugar mágico que ela gostava de visitar.

E a obra de renascimento continua, a limpeza, a dança no meio da poeira. Ligo o som, e o cantor me encoraja... "Sueña..." .

Sim, a borboleta fugiu no meio de tanta tempestade. Mas ela vai voltar, porque eu finalmente descobri seu nome.

Seu nome é AMOR.

(Para Dennis)

15.3.03

Amigos queridos...

Não tenho tido muita vontade de escrever, de falar o que se passa no meu coração. Certas coisas superam a necessidade de palavras. O silêncio é melhor. Neste silêncio, amor flui em direção a um amigo enfraquecido pelo sofrimento. Então ficamos assim, em silêncio, eu a amá-lo e a rezar por ele, ele a enfrentar como pode a tempestade que desabou sobre sua cabeça. Que este silêncio denso e rico de sofrimento, tristeza e aprendizado não precise se estender por muito mais tempo, é o que eu peço a Deus.

Um beijo a todos, e paciência. Já volto.

2.3.03

A QUEM INTERESSAR POSSA:



Estou, por meio desta, participando aos meus leitores e visitantes ocasionais:

1. Que respeito todas as religiões como escolha pessoal de busca do Alto. Da mesma forma, demonstro respeito aos símbolos sagrados de todas as religiões. Do Dalai Lama ao culto mais simples dos aborígenes, tudo para mim é uma busca do indivíduo pelo Divino. Jamais jogarei lama voluntariamente em qualquer fé sincera.

2. Respeito as convicções políticas de cada pessoa, de direita e de esquerda, desde que sinceras, apesar de considerar a política algo com que me envolveria apenas em caso de última necessidade, por ser algo que me enoja deveras.

3. Defendo enfaticamente as escolhas existenciais livres e o direito de expressão de todas as pessoas.

NO ENTANTO:

1. O fato de respeitar e tolerar amorosamente todos as manifestações religiosas não significa que eu não tenha a minha. Ou que vá admitir con tranquilidade que símbolos e representantes da minha religião sejam atacados de forma grosseira. Reclamo para a minha religião o mesmo quinhão de respeito que todas as outras recebem. Ataques ao Papa e ao catolicismo são para mim ataques ao meu paizinho amado e à minha alma, ou seja, totalmente pessoais. São ataques ao centro do meu ser.

2. Defendo sinceramente a crença que o melhor regime político é o democrático, com o equilíbrio das duas forças, a direita e a esquerda. Qualquer outra coisa é desastre. E desastre é o que temos diante de nós, pelo que parece, pois as pessoas mais e mais escolhem o desequilíbrio.

3. A liberdade de expressão não é liberdade de agressão. Escolhas pessoais são isto mesmo, pessoais, e só têm valor para as pessoas que as fizeram. Da mesma forma que não tento guiar a consciência de outros, não aceito que guiem a minha, e encaro com extrema desconfiança pessoas que exibem suas escolhas pessoais como padrão de virtude. Isto serve para fundamentalistas religiosos e políticos de qualquer coloração, e serve também para aquela criatura "muderna", amoral e agnóstica, que se diz "esclarecida" ao jogar fora valores milenares e a se achar no direito de jogar pedras à esmo, como o juiz supremo de seus irmãos. A quem, é claro, não reconhece como irmãos.

Estou totalmente FARTA de gente que fala o que bem entende, achando isto bonito, sinal de valentia e bravura, sem se preocupar nem um tantinho com as quantas pessoas que magoa no caminho. São pessoas autocentradas, que jamais aprenderam o significado de delicadeza, de amor, de caridade, de suavidade. Quero estas pessoas LONGE de mim.