23.10.02

Hoje eu queria fazer uma homenagem

É uma homenagem simples, sem grandes repercussões, é apenas a homenagem de um coração já outonal a alguns corações em plena primavera. São jovens, são bonitos, são especiais estes corações. Quando eu os visito, em seus blogs, em seus e-mails, conversando ao telefone, algumas vezes até mesmo olhando em seus olhos brilhantes de inteligência e pureza de alma, eu me quedo a contemplá-los, embevecida...

Que lindos, que lindos, que lindos são vocês todos!! Evandro, Bruno, Felipe, Inês, Félix, Larinha, Gabriel, Jo, Martim, Pablo... Vocês todos me emocionam até as lágrimas, enchem meu coração de esperança para o futuro, pois não importa o quanto ele seja negro e assustador, eu sei que as gerações que se seguiram à minha produziram algumas pessoas melhores que eu. Eu sei que corações ardentes e apaixonados vão transmitir àqueles que ainda não nasceram os valores que importam. Contemplo, humilde e trêmula, através de vocês, a Inteligência que os criou. Como eu amo vocês por isto!

O que causou este espasmo de corujice? O Felipe, querido Felipe Ortiz, menino brilhante, sem nem saber que estava falando direto comigo, serviu de enviado e me entregou uma lição muito importante. Eles todos fazem isto o tempo todo, meus amores, tão jovens e tão talentosos... Mas tenho de deixar aqui o texto de Felipe. Tomara que sirva também de lição a mais alguém...

Sobre a Verdade e o uso da palavra

As pessoas são maiores do que suas idéias. A mente mais habituada ao erro ainda preserva o conhecimento da Verdade como uma possibilidade, pelo simples fato de que a mentira é obrigada a recorrer a verdades (fragmentos selecionados da Verdade) para fazer-se verossímil e se afirmar, perante o próprio sujeito e perante seus interlocutores. Ora, quem é suficientemente capaz de escolher os aspectos da Verdade que dão força a seu equívoco é a fortiori capaz de apreender a Verdade inteira. Isto deveria ser suficiente para que reconhecêssemos a manifestação potencial do Absoluto também em um oponente embriagado pela própria relatividade. E nos comportássemos como convém, diante de um ícone quebrado.
É preciso discordar claramente, sem profanar. É necessário denunciar o erro à viva voz, sem causar escândalo. O oposto do erro não é a Verdade; é o erro oposto. A Verdade é o que paira acima dos erros. Isto é diabolicamente sutil.


Eu nunca vou poder agradecer o suficiente, doce Felipe. Vou pensar muito e muito a respeito disto, e tentarei não errar mais. Muito, muito obrigada, à você e aos demais jovens que têm enchido minha vida de alegria.

Beijos carinhosos a todos.

Sue


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