Acordar de manhãzinha.
Suspirar fundo e levantar o corpo já cansado da cama.
Olhar pela janela o céu cinza-chumbo que deixa o Rio com cara de Sampa.
Sair no meio do frio e da garoa incessante. Fazer a hidroginástica.
Tomar banho na academia. Arrumar a roupa e o cabelo.
Correr para o trabalho. Apagar todos os incêndios.
Andar, falar, escrever, tentar não pensar muito.
Vestir a camisa da empresa("afinal ela é sua").
Manter minha postura acadêmica.
Grudar um sorriso no rosto.
Marcar o dentista.
Despachante.
Advogado.
Contador.
Esforço.
Luta.
Eu.
Enquanto faço tudo que esperam de mim, em silêncio, no meio da tempestade, espero aquele momento mais precioso que toda a rotina: espero que ela chegue, a sua presença inesperada.
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