24.10.02

Mais Testes...



Your magical style is Faery.

What type of Magic do you work?. Take the Magical Style Quiz by Paradox



Congratulations, you're a Pillywiggin, a trouping flower fae.
What kind of female faerie are you?
Take the female faerie quizby Paradox.




You are a muse.

What legend are you?. Take the Legendary Being Quiz by Paradox

Eu adoro estes testes de Internet... O resultado é sempre intrigante, pelo menos para mim... este eu peguei no CryWolf da Larinha... e o resultado dela deu Lobisomen, veja só! Beijo, minha Lobinha linda... tenho saudades...

23.10.02

Hoje eu queria fazer uma homenagem

É uma homenagem simples, sem grandes repercussões, é apenas a homenagem de um coração já outonal a alguns corações em plena primavera. São jovens, são bonitos, são especiais estes corações. Quando eu os visito, em seus blogs, em seus e-mails, conversando ao telefone, algumas vezes até mesmo olhando em seus olhos brilhantes de inteligência e pureza de alma, eu me quedo a contemplá-los, embevecida...

Que lindos, que lindos, que lindos são vocês todos!! Evandro, Bruno, Felipe, Inês, Félix, Larinha, Gabriel, Jo, Martim, Pablo... Vocês todos me emocionam até as lágrimas, enchem meu coração de esperança para o futuro, pois não importa o quanto ele seja negro e assustador, eu sei que as gerações que se seguiram à minha produziram algumas pessoas melhores que eu. Eu sei que corações ardentes e apaixonados vão transmitir àqueles que ainda não nasceram os valores que importam. Contemplo, humilde e trêmula, através de vocês, a Inteligência que os criou. Como eu amo vocês por isto!

O que causou este espasmo de corujice? O Felipe, querido Felipe Ortiz, menino brilhante, sem nem saber que estava falando direto comigo, serviu de enviado e me entregou uma lição muito importante. Eles todos fazem isto o tempo todo, meus amores, tão jovens e tão talentosos... Mas tenho de deixar aqui o texto de Felipe. Tomara que sirva também de lição a mais alguém...

Sobre a Verdade e o uso da palavra

As pessoas são maiores do que suas idéias. A mente mais habituada ao erro ainda preserva o conhecimento da Verdade como uma possibilidade, pelo simples fato de que a mentira é obrigada a recorrer a verdades (fragmentos selecionados da Verdade) para fazer-se verossímil e se afirmar, perante o próprio sujeito e perante seus interlocutores. Ora, quem é suficientemente capaz de escolher os aspectos da Verdade que dão força a seu equívoco é a fortiori capaz de apreender a Verdade inteira. Isto deveria ser suficiente para que reconhecêssemos a manifestação potencial do Absoluto também em um oponente embriagado pela própria relatividade. E nos comportássemos como convém, diante de um ícone quebrado.
É preciso discordar claramente, sem profanar. É necessário denunciar o erro à viva voz, sem causar escândalo. O oposto do erro não é a Verdade; é o erro oposto. A Verdade é o que paira acima dos erros. Isto é diabolicamente sutil.


Eu nunca vou poder agradecer o suficiente, doce Felipe. Vou pensar muito e muito a respeito disto, e tentarei não errar mais. Muito, muito obrigada, à você e aos demais jovens que têm enchido minha vida de alegria.

Beijos carinhosos a todos.

Sue


22.10.02

Morri e voltei

As dores do amor são das mais difíceis de suportar. Quem tem acompanhado meu blog sabe que ultimamente a borboleta tem andado de asa caída... Sem nenhum exagero retórico, quase morri de dor. Não é facil se abrir o peito, rasgar as carnes, tirar o coração e oferecê-lo em uma bandeja de prata para o amado... e ouvir um Não, obrigada. Saber as razões deste não, entendê-las, respeitá-las, amar aquele homem ainda mais por elas, nada disso me ajudou na hora de enfrentar a dor.

Então, fiz o que toda fêmea faz desde que Lilith foi preterida em favor de Eva: gemi, chorei, ouvi música romântica, chorei mais um pouco, enchi o saco dos meus amigos, chorei, chorei mais ainda, perturbei meus amigos DE VERDADE, chorei, escutei mais música, me debulhei em lágrimas, me enchi de sorvete e chocolate, chorei e chorei. Esgotei a dor, bebi desta bebida amarga até a última gota. Enfim, acabou.

Agora, o que sinto por ELE está transformado em parte da tessitura da minha alma, e nunca vai ser tirado de mim. Ele é meu, esta história é minha, me fez um pouco mais pronta para receber aquele outro que virá. Como uma colcha rebordada de pedrarias, cada lágrima cintila como um diamante em meu olhar; o carinho da mão de cada amigo deu mais brilho aos meus cabelos; a frustrada espera por ele deu-me tempo para amaciar meu temperamento, aceitar um pouco mais minhas imperfeições. Cada esperança perdida virou uma flor que tranço em meus cachos, cada noite insone virou um manto feito de luz de luar, com que cubro minha nudez de corpo e de alma. Tudo, tudo o que passei me tornou mais forte e mais suave, e já passou.

Agora, sento na pedra mais elevada do cume da mais alta montanha deste coração vazio e cansado, e espero que aquele que virá tenha forças, mais forças que aquele que se foi, de subir até aqui. Ainda tenho muito medo de descer, e enfrentar a dor de novo. Não sei se aguentaria. Talvez, se escutar a voz daquele que virá a me chamar, ainda me reste coragem de encontrá-lo no meio do caminho.

Não sei o que virá, não sei quem virá, que voz terá, que mudanças causará na minha vida. Só uma coisa eu sei hoje: meu coração está pronto para amar de novo.





14.10.02

Flores pisoteadas e borboletas de asas amassadas

Ai, com que facilidade um pai ou uma mãe marcam a frágil alma de uma criança... ontem, foi o dia da criança feliz, hoje foi o dia da ex-criança machucada. Machucada pela intolerância dos pais, por seus tapas, por sua tortura psicológica, por sua crueldade... até pelos seus silêncios.

Pais, mães, saibam que seus filhos são tesouros emprestados a vocês... e este empréstimo vai ser cobrado com juros e correção monetária por Aquele que emprestou. Quebrar o espírito de uma criança é um dos crimes mais vis que um adulto pode cometer. E muitas vezes não há volta, pois a criança acredita em tudo que seus pais dizem, mesmo quando eles dizem que ela não existe, que ela não tem valor. Ela acredita, e age de acordo, tornando-se morta e invisível para si mesma.

Eu fui filha de pais amantíssimos, e carrego dentro de mim esta segurança. Mas sei de belas mulheres que são borboletas de asa amassadas e flores pisoteadas por pesadas botinas de desamor. Eu as amo e choro por elas. Não sei se poderei salvá-las, pois a chave que abre a porta da cadeia está em suas mãos, e elas não enxergam. Mas não pretendo parar de tentar.

Amar dá muito trabalho, mas maltratar dá mais. Vamos parar com isso...



13.10.02

Não posso esquecer que o dia 12 também é dedicado à mulher mais especial que já existiu... a doce Senhora que as crianças chamam tão acertadamente de Mãezinha do Céu. Esta Senhora, doce, amiga, protetora de todos nós, grande aliada nossa, tem muitas faces, para poder estar acessível a todos os seres humanos. Eu a vejo assim: iluminada, com os olhos sempre voltados para o Alto, e as mãos suplicantes indicando nosso mundo. Sim, Querida Mãe, precisamos cada vez mais da sua ajuda...


Eu ia escrever um texto sobre o Dia da Criança. O dia passou, eu não escrevi. As crianças me perdoam, elas sabem que existem coisas mais importantes que escrever posts comemorativos: o melhor mesmo é comemorar DE VERDADE, comendo coisas gostosas, subindo no colo dos pais, brincando muito, indo ao cinema. Então, saí para almoçar com meu paizinho, comemos coisas gostosas (de gente grande, mas gostosas), voltamos para casa, brincamos no laptop dele, eu o enchi de beijocas, tiramos uma soneca com os gatos e vimos um filme bonito na TV.

Gente, foi um dia da criança MUITO BOM!! Espero que o de vocês também tenha sido, principalmente o de dois amigos que estão embarcando desde ontem em uma emocionante aventura! Emocionante e perigosa, como toda aventura do coração. Meninos, a Borboleta está torcendo por vocês!

Beijos cheios de doçura da Sue


6.10.02

É muito esquisito quando sentimos que as pessoas que estão a nossa volta não têm substância, e que as pessoas mais presentes e concretas não estão aqui. É uma sensação de estranhamento, de que a sua própria forma corpórea ficou transparente – e ao mesmo tempo, viva, sente estímulos de lugares distantes, mas não os daqui. Eu abraço amigos que nunca vi, beijo amigas que só conheço da tela iluminada do computador, tenho filhos e filhas, irmãos e irmãs, que não conheço.

Aqui à minha volta parece que não há pessoas, porque eu não as vejo e – talvez por causa disto – elas da mesma forma não me vêem. Serão elas imateriais ou serei eu? Nenhuma coisa nem outra. O que verdadeiramente ocorre é que minha alma saiu a passear, e encontrou jardins de delícias alhures. Meu coração abriu-se inteiramente para corações que só vislumbro ao longe. Meu espírito estica-se para fora do corpo, em busca da convivência com espíritos irmãos. Nem sempre estes espíritos irmãos estão ao alcance da mão, mas estão certamente ao alcance de uma mensagem eletrônica.

Um exemplo? As pessoas que me vêem caminhar pelas ruas, que assistem minhas aulas, as pessoas com quem eu falo, brinco, faço graça, brigo, grito, abraço, estas pessoas não enxergam, mas eu hoje sou duas pessoas. Eu e Ele. Meu amado distante, eu sinto a ponta de seus dedos deslizando pelo meu pescoço, meus ombros, descer pelo meu colo e roçar carinhosamente pelos meus seios. Sinto seu abraço, o calor de seu corpo, escuto o tenor leve da sua voz vibrando no pé de meu ouvido, baixinho. A palma da minha mão sente a maciez cheia de textura dos pelos do seu peito, meus dedos desenham o formato da sua boca no ar, meus lábios formigam como se já tocassem os seus. Minha pele arrepia, com se já estivesse encostada na sua.

Esse tipo de sentimento é antigo, o de amar à distância – que o digam Abelardo e Heloisa! – mas hoje ele adquiriu uma velocidade que desnorteia a maioria das pessoas, e as faz pensar que o sentimento é falso ou fantasioso. Nada mais longe da verdade. Conheço homens e mulheres que foram enganados – às vezes por anos – por um rosto bonito, por pernas longas, por uma boa cama, e levam o maior susto quando finalmente enxergam através disto e descobrem uma pessoa da qual na verdade não gostam nem um pouco. Quem não conhece uma ou duas ou trinta histórias assim?

No entanto, não conheço muitas histórias de pessoas que foram enganadas por aquilo que um contado de Internet escreveu... pelo menos não por muito tempo. Conheço histórias de amores eletrônicos que não resistiram à distância, às dificuldades, mas não conheço uma única pessoa que tenha dito que “ela(a) não era nada daquilo que suas cartas diziam!” Na verdade, enganar pessoas na Internet só em salas de bate papo de cunho declaradamente sexual, onde as pessoas largam suas fantasias todas em cima dos outros participantes. Adolescentes viram quarentões, senhoras viram mocinhas, homens viram mulheres e vice-versa. Mas a propaganda enganosa é muito mais difícil – e muito malvista – quando a troca é de idéias.

Uma amiga já me perguntou: “Como posso ter saudade de algo que ainda não fiz?” Não, não é saudade. Saudade é rememorar com prazer e melancolia algo que já se passou e que está distante. Esta ânsia de busca, esta vertigem, este desespero é FOME. Eu sinto fome por ELE, quero estar perto, conversar, explorar esta alma que me parece das mais bonitas que já vi... E minha amiga também parece ter a mesma vontade em relação ao “Eledela”. O nosso problema é que – de um lado – aquele a quem amo não quer retribuir a afeição, em parte por não poder fazê-lo e em parte por não acreditar no sentimento em si. No caso de minha amiga, ele acredita no sentimento, com a ressalva dos desconfiados, mas tem muito medo da distância, que já lhe fez perder um amor...

Minha querida amiga, sabiamente, definiu muito bem nossa situação : “Eu vou ver se acho minha armadura e meu escudo.. entrei sem nada no meio de uma guerra que ele está travando com ele mesmo... e os estilhaços estão voando em mim.” Ah, meu amor, como você está certa!