30.9.07

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O Andar da carruagem



Há mais de três anos eu o convidei para dançar, antes que ele estivesse preparado para dizer sim, e a dança não aconteceu. Deixei-o livre, ele retornou à minha vida meses atrás, diferente. Mais próximo de um outro jeito. A dança continuou sem acontecer. Continuei a deixá-lo livre, bicho solto que é.

Hoje me despedi dele mais uma vez, numa cidade mais perto do céu que a minha. Hoje - e eu digo isto feliz e tranquila - sou a "menina sua amiga", e pretendo usufruir o quanto puder deste amor que não vai embora que é a amizade. Deixando-o livre, sempre, cada vez mais livre - e mais confortável, espero.

Só que a música continua tocando em meu coração, meu amigo. Algum dia vamos fazer juz a ela e finalmente dançar? Ainda acho que vai ser uma coisa linda para lembrarmos (e lembrar-mo-nos), tanto quanto tem sido lindo imaginar.

E, hoje, este é o andar da carruagem.

25.9.07

Assim Caminha a Humanidade

Ou o mundo fica cada dia mais maluco ou sou eu que me perco nele, por pura incompetência cognitiva. Entretanto, há momentos que meus amigos correm em meu socorro e iluminam a coisa um pouco para mim.

Um destes momentos iluminados acabei de receber lendo o Agonizando 2 do meu amigo Evandro Ferreira (link na coluna da direita - eu disse DIREITA, Evandro! risos). Vejam só esse texto. No blog dele tem ainda o FILME, que é um ensaio filosófico profundo. Só mesmo um pensador como o Evandro podia me sair com um post destes.

Amigo, saudades. Entregue à sua mais linda namorada e à sua cachorrinha mais amada beijos meus. Logo estaremos juntos novamente, viu?

Leitores do Asa: leiam, vejam, aprendam.

"Conhecimento e fofura September 15, 2007

A vida é uma coisa interessante.

Hoje me peguei subindo o elevador. No chão, um contêiner com minha cadelinha. Em uma das mãos, uma mantinha xadrez, laranja e branca. Sobre a mantinha, um livro de filosofia política de Eric Voegelin. Na outra mão, o Pipi Dolly’s dela."

18.9.07

Não tendo você aqui

Não tendo você aqui, janto no sofá, sem luzes,
Olhando a noite andar lentamente pela janela.
Não tendo seu olhar sobre mim,
Não tenho vontade de sorrir e a boca mantém-se cerrada.
Sem seu ouvido atento, que adianta falar?
Permaneço em silêncio.
Sem sua mão para segurar,
A minha permanece espalmada, pedinte, indigente.
Sem seu corpo para me ninar,
Permaneço insone até que o cansaço me feche os olhos.

Aguardar é duro, amado, quando tudo que olho em volta
Me lembra sua presença ou sua ausência.
A saudade do que nunca tive virou saudade, apenas.
Meu coração bate em tempo com as sílabas do seu nome.

Cole Porter faz cada vez mais sentido...
Não tendo você aqui,
É com ele que durmo hoje à noite.

Night and Day

Like the beat beat beat of the tom-tom
When the jungle shadows fall
Like the tick tick tock of the stately clock
As it stands against the wall

Like the drip drip drip of the raindrops
When the Summer shower is through
So a voice within me keeps repeating
You, you, you

Night and day, you are the one
Only you beneath the Moon or under the Sun
Whether near to me, or far
It's no matter darling where you are
I think of you
Day and night, night and day, why is it so

That this longing for you follows wherever I go
In the roaring traffic's boom
In the silence of my lonely room
I think of you
Day and night, night and day

Under the hide of me
There's an oh such a hungry yearning burning inside of me
And this torment won't be through
Until you let me spend my life making love to you
Day and night, night and day

11.9.07

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Explosão de Alma



Assim é o Ipê: na seca, guarda todas as suas reservas, diminui o tamanho da sua copa folhada, se acomoda para a longa espera da chuva. Resiste o máximo que pode, mas como neste Planalto Central a chuva parece que nunca vai chegar, o Ipê finalmente explode. Explode em flor.

A vitória do Ipê sobre a rudeza do clima colore toda a cidade de Brasília de roxo, amarelo e branco. O chão fica todo salpicado de cor, a festa para os olhos é completa.

Pois tem gente que é como o Ipê. Quando os problemas parecem que vão os soterrar, explodem em uma beleza de alma que ilumina todos à sua volta. Eu mesma conheço um homem assim, um homem Ipê-Roxo, que resiste às condições emocionais mais áridas e ainda acha meios de ajudar e prestar socorro a quem o procurar.

Ah, meu mineirin-candango de alma em flor, que posso dizer de você? Esse seu olhar profundo como as raízes das árvores do cerrado por certo que me acende inteira por dentro. É muito claro para mim que não há riqueza no mundo que valha um sorriso seu. Sempre me surpreendo com a alegria intensa que sinto com o mero fato de sentar a seu lado e segurar sua mão, é uma alegria como poucas vezes senti.

Não posso e não devo dizer muito mais que isto, mas antes de encerrar este post devo confessar: barbudo querido, mais além de te amar, te admiro cada vez mais. Volto para o Rio com o coração pleno de muitas coisas e espero que, até que possamos nos ver novamente, cuide bem de si.

7.9.07

Resumindo a ópera

Se eu fosse escrever tudo que me aconteceu e tudo que senti esta semana, este post ficaria desconexo e muito denso. Fui fazendo, nos ônibus que me levavam, um de Brasília a Goiânia e outro de volta a Brasília, umas poesias de minuto, uns versinhos pernetas que espero me ajudem a expressar minimamente tudo o que eu vou deixar pendurado nas entrelinhas.


Ventania

Quem já encontrou Cristiana
Sabe bem que ela não engana
Conhece sua gargalhada profana
Sorriso rápido, cigarro aceso,
Cabelo solto, cabelo preso
Corre e senta, sobe e desce
Parece que nunca amadurece
Dela a gente nunca esquece!


Fofura

Soriso doce de amigo para toda vida
Olhar inteligente e amoroso de poeta
Voz calma e alegre de menino
Caminha nesta vida sem destino
Porque seu destino, menino, é a Vida
É vagar por este mundo, quem diria,
De mãos dadas, em eterna harmonia
Com a mais bela namorada
E a cachorrinha mais amada!


O nome da Rosa

A gentileza é doce e macia, mas não tem pétalas tão delicadas
A amizade é rica, mas não tem cores tão belas
O carinho é um sentimento quente, mas sem tantos rubros matizes
Ela é como o desdobrar de vários lábios carmins, que me sorriem felizes
Qual é, afinal, o nome desta rosa, que ganhei da amiga deusa?
Será Maria, será Carmem, será Edileusa?
Que amorizade tão grande se desdobra em tanta beleza?


Zig-Zag

A vida me faz ir para lá
Ele vai imediatamente para cá
Eu falo, ele não consegue ouvir
Eu amo, ele não tem como retribuir
Alguma hora, entretanto,
Num breve e doce intervalo
Haverá algum encontro?
Finalmente me regalo?

5.9.07

Passeio em Brasília entre céu imenso e amigos especiais. Revejo lugares de infância e conheço pessoas novas. Amor, carinho, amizade... tenho muito disto tudo, para dar e para receber. Está aqui, envolto em Asas de Borboleta, e está logo ali, em minhas mãos.

Tenho estado estes dias chafurdando numa felicidade calma, que para ser completa precisa apenas tirar a tristeza de um coração especial, que mais que os outros desperta meu amor, meu carinho, minha amizade. Enquanto a felicidade não é completa, digo que ela é doce. Uma agridoce espera, amado.

Estou muito feliz com os comentários dos novos e antigos visitantes do Asa, especialmente encantada com a graciosa mensagem-poema do Marcio Estanqueiro. Amigos, novos e velhos, vocês me fazem muito bem. Beijos a todos, sempre