7.9.07

Resumindo a ópera

Se eu fosse escrever tudo que me aconteceu e tudo que senti esta semana, este post ficaria desconexo e muito denso. Fui fazendo, nos ônibus que me levavam, um de Brasília a Goiânia e outro de volta a Brasília, umas poesias de minuto, uns versinhos pernetas que espero me ajudem a expressar minimamente tudo o que eu vou deixar pendurado nas entrelinhas.


Ventania

Quem já encontrou Cristiana
Sabe bem que ela não engana
Conhece sua gargalhada profana
Sorriso rápido, cigarro aceso,
Cabelo solto, cabelo preso
Corre e senta, sobe e desce
Parece que nunca amadurece
Dela a gente nunca esquece!


Fofura

Soriso doce de amigo para toda vida
Olhar inteligente e amoroso de poeta
Voz calma e alegre de menino
Caminha nesta vida sem destino
Porque seu destino, menino, é a Vida
É vagar por este mundo, quem diria,
De mãos dadas, em eterna harmonia
Com a mais bela namorada
E a cachorrinha mais amada!


O nome da Rosa

A gentileza é doce e macia, mas não tem pétalas tão delicadas
A amizade é rica, mas não tem cores tão belas
O carinho é um sentimento quente, mas sem tantos rubros matizes
Ela é como o desdobrar de vários lábios carmins, que me sorriem felizes
Qual é, afinal, o nome desta rosa, que ganhei da amiga deusa?
Será Maria, será Carmem, será Edileusa?
Que amorizade tão grande se desdobra em tanta beleza?


Zig-Zag

A vida me faz ir para lá
Ele vai imediatamente para cá
Eu falo, ele não consegue ouvir
Eu amo, ele não tem como retribuir
Alguma hora, entretanto,
Num breve e doce intervalo
Haverá algum encontro?
Finalmente me regalo?

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