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28.6.08

Hoje passei o dia só com meus gatos, concentrada, trabalhando. De repente, numa vontade louca de soltar o espírito e a mente do esforço concentrado, coloquei o DVD do Josh Groban para tocar. De repente, sim, de repente, num segundo, estava fora daqui, num outro lugar, tão mais bonito...

E lá estava você, me esperando, meu amigo, meu amigo, meu amigo. Que doce chamar você de amigo e ver você sorrir feliz. Sorrindo, sempre sorrindo, me convidando para dançar. Meu coração transbordou num riso feliz, marejado de lágrimas, e lá fui eu para o meio das estrelas com você.

Rodopiar pelo espaço sentindo sua presença amorosa é algo difícil de descrever, amado. Como posso falar de um sentimento que não tem nome, que não é saudade, mas é mesclado de saudade, que não é triste, mas é mesclado de nostalgia... uma alegria suave que nunca é totalmente alegre... Sentir você no meu abraço, leve e quente como a luz do sol quando nos encosta a pele.

Dançando, rodando, rindo juntos, lá fomos nós para o mais alto firmamento, voando, voando, cada vez mais livres, mais felizes juntos. Segura minha mão forte, Lelex, não me deixa cair... borboletas estão acostumadas com vôos mais próximos do chão.

Só mesmo o Josh Groban para me levar tão rápido até você.




Who can say for certain?
Maybe you’re still here
I feel you all around me
Your memory's so clear...

Deep in the stillness
I can hear you speak
You’re still an inspiration
Can it be
That you are my forever love
And you are watching over me from up above

Fly me up to where you are
Beyond the distant star
I wish upon tonight
To see you smile
If only for a while to know you’re there
A breath away’s not far
To where you are

Are you gently sleeping
Here inside my dream?
And isn’t faith believing
All power can’t be seen?

As my heart holds you
Just one beat away
I cherish all you gave me everyday

’Cause you are my
Forever love
Watching me from up above
And I believe that angels breathe
And that love will live on and never leave

Fly me up to where you are
Beyond the distant star
I wish upon tonight to see you smile
If only for awhile to know you’re there
A breath away’s not far
To where you are

I know you’re there
A breath away’s not far
To where you are

25.6.08

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Acordar de manhãzinha.
Suspirar fundo e levantar o corpo já cansado da cama.
Olhar pela janela o céu cinza-chumbo que deixa o Rio com cara de Sampa.
Sair no meio do frio e da garoa incessante. Fazer a hidroginástica.
Tomar banho na academia. Arrumar a roupa e o cabelo.
Correr para o trabalho. Apagar todos os incêndios.
Andar, falar, escrever, tentar não pensar muito.
Vestir a camisa da empresa("afinal ela é sua").
Manter minha postura acadêmica.
Grudar um sorriso no rosto.
Marcar o dentista.
Despachante.
Advogado.
Contador.
Esforço.
Luta.
Eu.



Enquanto faço tudo que esperam de mim, em silêncio, no meio da tempestade, espero aquele momento mais precioso que toda a rotina: espero que ela chegue, a sua presença inesperada.

14.12.07

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Presente de Aniversário



Minha Mami chegou outro 14 de dezembro... seu aniversário de nascimento. Esse vai ser sempre um dia lindo, mesmo que esteja chovendo cântaros de água como hoje. Mesmo que tudo que eu possa fazer é pensar em como sinto a falta da minha patinha dos olhos verdes de folha nova. Mas que interessam meus problemas, minha tristeza? Você está junto do seu marido lindo agora, e este é o seu maior presente. Eu então respiro fundo e adiciono o meu "assim seja" à sua felicidade.

Eu te amo Mami. Feliz niver, dá um beijo no Papi por mim.

13.12.07

Os caminhos que a vida traça sem a gente perceber... chega a ser engraçado, se ao menos não fosse tão triste. Uma faxina mais corajosa nos pertences do pai, mais umas sacolas de livros doados à Biblioteca Municipal, e eis que uma figura muito importante do meu passado aparece de fininho, elegante como sempre foi, sem exagero de expressão, quase calado como ele era. Um livrinho escrito por um outro-pai, um homem que me amava e a quem eu amei exageradamente, com coração de filha e de criança. Nunca cheguei à conclusão se ele era um poeta que lutava ou se era um guerreiro que fazia poesia. Ele morreu enquanto eu era jovem demais para descobrir.

Hoje há outro Joaquim que eu amo, exageradamente como amei meu primeiro Joaquim, mas sem a inocência e o salvo-conduto da infância. Amar na idade madura é tão mais arriscado, tanto calo a ser pisado onde só havia alegria antes... Meu primeiro Joaquim era metade como eu, sensível e apaixonado, se expressava na poesia. Metade ele era como o segundo Joaquim, calado e guardado, desesperançado com o mundo. O primeiro Joaquim morreu de tristeza, ainda muito novo, poeta que era, novo demais, com muita poesia tragicamente por escrever. Deixou de cumprir a promessa-ameaça que jocosamente fazia a meu pai, que era a de me levar, ele mesmo, ao altar e entregar minha mão à um prometido que ainda estava no porvir.

Teria sido perfeito, tio amado, que você pudesse ter-me levado àquele prometido altar, e entregue sua pequena amiga para um segundo Joaquim, jovem, confiante e livre para me receber diante de Deus e dos homens. Mas este mundo, este mundo que nos rala a pele e nos enche a alma de cicatrizes, este mundo não é perfeito, não é, querido?

De um Joaquim para outro, passando por dentro do meu coração:

Amigos de Longos Anos
(Maj. Brig. Joaquim Vespasiano Ramos)

Fixei-me no horizonte
À procura do infinito
E só a linha do horizonte
Apareceu-me no infinito!

Procurei no escuro do firmamento
A mais bela e distante estrela;
Escondida no escuro do firmamento
Estava a mais bela e distante estrela!

Contemplei, do deserto, a miragem
Com a esperança de olhos cansados.
Eclipsou-se, porém, do deserto a miragem
Para a tristeza dos olhos cansados.

Esperei as ilusões de um lindo sonho
No meu sono tranquilo e profundo;
Recusou-me ilusões o lindo sonho
Do meu sono tranquilo e profundo!

Busquei, no âmago do pensamento,
As alegrias e venturas do passado;
Nada havia no âmago do pensamento --
Nem alegrias e venturas no passado.

Ofereci a mão da amizade
Ao amigo de longos anos;
Estendida ficou a mão da amizade
Sem a do amigo de longos anos!

Procurei na gota de orvalho
A lágrima que me falta.
Desmanchou-se a gota de orvalho
E a lágrima inda me falta.

2.12.07

Barbudo amado, muita saudade... tem dia que é só mesmo respirar fundo e suportar. Ainda bem que existe a poesia em toda a parte, mesmo longe de você. Beijos



Hoje eu olhei longamente fotos minhas de infância
Aquele olhinho límpido não tinha a menor idéia do que a esperava
Graças ao Todo-Poderoso por isso
Hoje, aquele olhinho meio embaçado da foto antiga
É o que me dá estrutura e força.
Hoje aquela criança está em algum lugar dentro de mim
Protegida
A salvo
Me fitando com seu olho verde e límpido
É ela que me faz continuar andando
Andando sem parar
E é ela que vai ter de me dizer para parar
Na hora em que eu finalmente chegar.

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November Rain - Guns N' Roses


When I look into your eyes
I can see a love restrained
But darlin' when I hold you
Don't you know I feel the same
'Cause nothin' lasts forever
And we both know hearts can change
And it's hard to hold a candle
In the cold November rain

We've been through this such a long long time
Just tryin' to kill the pain
But lovers always come and lovers always go
An no one's really sure who's lettin' go today
Walking away
If we could take the time to lay it on the line
I could rest my head
Just knowin' that you were mine
All mine

So if you want to love me
then darlin' don't refrain
Or I'll just end up walkin'
In the cold November rain

Do you need some time...on your own
Do you need some time...all alone
Everybody needs some time...on their own
Don't you know you need some time...all alone
I know it's hard to keep an open heart
When even friends seem out to harm you
But if you could heal a broken heart
Wouldn't time be out to charm you

Sometimes I need some time...on my
own Sometimes I need some time...all alone
Everybody needs some time...on their own
Don't you know you need some time...all alone

And when your fears subside
And shadows still remain, ohhh yeahhh
I know that you can love me
When there's no one left to blame
So never mind the darkness
We still can find a way
'Cause nothin' lasts forever
Even cold November rain

Don't ya think that you need somebody
Don't ya think that you need someone
Everybody needs somebody
You're not the only one
You're not the only one

27.11.07

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Assim é



Assim é Alceu. Bicho maluco beleza, poesia encarnada, barroco nordestino dentro do blues. O grande poeta da música brasileira, o capetinha no palco que faz esta mulher de meia idade aqui ter vontade de dar cabriolas junto com ele. Explosão de emoção, o músico com as maiores asas de borboleta que eu conheço. E ele SABE usá-las para voar e nos fazer voar com ele.

Pois ele também sabe das emoções mais sombrias, daquilo que faz nosso coração gemer angustiado. Ele sabe da solidão que devora as horas, ele sabe do cansaço e da falta de cio do amor quando acaba. Ele sabe das farpas do amor que machuca.

A questão é: HÁ quem valha metade de mim? Há quem valha metade de mim! Há quem valha metade de mim. Há quem valha metade de mim... Metade... eu sem ele, ele sem mim...

Mas metade de mim é muito pouco quando estou triste assim.


Amor covarde
(Alceu Valença)

Amor covarde, que morde, que arde
A minha amada é metade de mim
A madrugada se arrasta, tão lenta assim
Dor...dor...dor...dor

Moça bonita, novilha tão rara
Não há quem valha metade de mim
Nascemos sós, só seremos serenos no fim

Amor covarde, que morde, que arde
A minha amada é metade de mim
E a madrugada se arrasta, tão lenta assim
Dor...dor...dor...dor

Moça bonita, novilha tão rara
Não há quem valha metade de mim
A dor do amor, navalhada que arde assim
Dor...dor...dor...dor

Estrela d´alva, pedaço de lua
A pele nua, cheirando a jasmim
Boca cereja, bandeja de prata, do-in
Dor...dor...dor...

Moça bonita, novilha tão rara
Não há quem valha metade de mim
Nascemos sós, só seremos serenos no fim

19.11.07

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Flor de Flamboyant (ou Com o Coração em Brasa)



Desta vez a visita ao cerrado não foi colorida pelas flores do ipê, mas o coração foi aquecido pela floração do passional flamboyant. A cidade estava toda verde folha e vermelho paixão. Achei apropriado que este vermelho intenso fosse testemunha dos nossos encontros. Apropriado e lindo.

Agora, além de um imenso ipê-roxo, todo florido, residindo em meu coração, há no caminho que leva a ele um tapete de lindas flores vermelhas de flamboyant, macio leito onde me deito para divagar sobre o amado e matar as saudades dentro de mim.

Amado, outras flores estarão brotando quando nos encontrarmos novamente, ou talvez os frutos já estejam madurando nas árvores. Mas, como borboleta que sou, levo comigo o pólem destas flores que enfeitaram o nosso começo. Com este pólem hei de fazer sua vida mais doce, colorida e perfumada, como você merece.

Porque é preciso mostrar no concreto aquilo que se manifesta no etéreo de nosso sentimento. Preciso dizer com palavras e mostrar com gestos o que sei. E eu sei, bem sabido, que te amo, te desejo, te admiro e respeito. Sei que adoraria ficar com você até estar bem velhinha, amando você todo e cada dia daqui até o final de nossas vidas. Sei que eu lutaria do seu lado, com todas as minhas forças e toda a minha alegria, da forma que você me pedisse. Sei que viveria com você em qualquer lugar, dentro das posses do nosso trabalho conjunto, na maior felicidade. Sei com um frio na barriga que a minha felicidade está nas suas mãos.

Pois em nome disto vou tentar enquanto estivermos separados que minhas certezas, meus medos, a alegria de estarmos juntos e a tristeza de estarmos separados, o roxo do ipê e o vermelho do flamboyant se misturem da maneira mais bonita que eu conseguir para presentear seu coração. Cuida dele até que eu possa estar perto e me certificar que tudo está bem, pessoalmente. Sei que não é preciso dizer, mas não custa repetir: te amo. Fica bem.

16.11.07

Indo embora

Minha estada no cerrado foi doce e amarga, como sempre, porque há todo dia a consciência de que terei de partir. Hoje, o que ficava no fundo da consciência como uma leve dor de cabeça - aquela que conseguimos ignorar a maior parte do tempo - explodiu em dor aguda e insuportável. O que era daqui a uns dias virou hoje. É dia de partir, é dia de doer o coração.

Como Deus nunca me abandona, meu querido e antigo amigo blogueiro Marcos (olá, querido, saudades!) me presenteou nos comentários com uma poesia de Alberto Caeiro que funcionou como um verdadeiro analgésico da alma. Obrigada, querido, o poema é tão lindo que resolvi repeti-lo no post de hoje:

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.

Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
Se a não vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do que sinto na ausência dela.

Todo eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.


Meu homem-ipê, esta árvore alta que vira menino encabulado quando estou perto, até logo. Que o logo seja realmente logo mas, se não for, saiba que o levo verdadeiramente comigo, você está entronizado dentro do meu coração de tal forma que onde eu estiver, lá estará você. Que Deus permita que eu seja seu girassol agora e para todo o sempre.

Lá vem a solidão desacompanhada do Rio de Janeiro. Que eu tenha forças para suportar.

14.11.07

Promessas e Comprometimentos

Nossos encontros e a maneira que eu penso nele quando não está comigo são tão pontuados por música que eu estou, literalmente, montando um CD com as MP3 todas, descobrindo não muito surpresa que já passaram de noventa músicas... Algumas delas são tão cardinais das direções que meu carinho por ele se desenvolve que eu acabo postando aqui.

Pois eis que chegou a hora de fazer promessas, de estabelecer parâmetros, de dar os passos para o lado e para trás para que seja possível andar para frente em compasso. Sei que ele, do seu jeito silencioso, está o tempo todo medindo e pensando. Sei que tem medo da distância física, dos problemas todos, do passado de um e de outro.

Amado, que dizer? Você já sabe o quanto eu te quero...
Quer tempo? eu espero.
Quer silêncio? eu calo.
Quer pisar no freio? eu desacelero.
Quer saber se eu me adapto? a quase tudo.
Quer pensar na melhor forma de seguir? Que tal juntos?


Ah, sabe que mais? Uma música, mais uma vez, já disse tudo.


Dia Branco
Geraldo Azevedo / Renato Rocha

Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...

Eu te prometo o sol,
Se hoje o sol sair,
Ou a chuva...
Se a chuva cair.

Se você vier,
Até onde a gente chegar,
Numa praça na beira do mar,
Um pedaço de qualquer lugar...

Nesse dia branco,
Se branco ele for,
Esse tanto, esse canto de amor
Oh! oh! oh!...

Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo...

Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...

Te prometo o sol,
Se hoje o sol sair,
Ou a chuva...
Se a chuva cair.

Se você vier,
Até onde a gente chegar,
Numa praça na beira do mar,
Num pedaço de qualquer lugar...

Nesse dia branco,
Se branco ele for,
Esse tanto, esse tonto,
Esse tão grande amor,
Grande amor...

Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo...

12.11.07

Maneiras de expressar amor

São tantas quantas as pessoas que já nasceram, mais talvez, se pensarmos que nem sempre expressamos amor da mesma forma ao longo da vida. Eu, que me expresso basicamente por palavas, estou aprendendo com ele a entender pequenos gestos e linguagem corporal muito sutil. Eu, que sou expansiva e exagerada, passional, estou aprendendo a respeitar o silêncio e os toques suaves, leves.

Meu minerin-candango é silencioso, ele comunica mais pelo olhar que pelas palavras, com as quais ele tem um relacionamento hesitante. A força do olhar dele, no entanto, é irresistível. Um brilho de entusiasmo, um apertar carinhoso dos cantos dos olhos, um atento e discreto olhar de viés quando falo com outros... Uma linguagem toda nova que estou adorando aprender.

O vocabulário estou aprendendo com a facilidade que a contemplação amorosa me dá. Eu já sei o que significam tantos gestos, tantos olhares. A gramática da alma do outro, no entanto, é uma aventura que leva uma vida inteira para levar a cabo. Uma aventura, amado, que eu quero muito começar com você, o mais rápido que puder, e para sempre.

Amor de Índio
Beto Guedes - Ronaldo Bastos

Tudo que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo cuidado, meu amor
Enquanto a chama arder
Todo dia te ver passar
Tudo viver a teu lado
Com o arco da promessa
Do azul pintado pra durar
Abelha fazendo mel
Vale o tempo que não voou
A estrela caiu do céu
O pedido que se pensou
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser todo
Todo dia é de viver
Para ser o que for e ser tudo
Sim, todo amor é sagrado
E o fruto do trabalho
É mais que sagrado, meu amor
A massa que faz o pão
Vale a luz do seu suor
Lembra que o sono é sagrado
E alimenta de horizontes
O tempo acordado de viver
No inverno te proteger
No verão sair pra pescar
No outono te conhecer
Primavera poder gostar
No estio me derreter
Pra na chuva dançar e andar junto
O destino que se cumpriu
De sentir seu calor e ser tudo

10.11.07

Desejos

Hoje, para mim, "quero" é o verbo mais bonito do português. É o verbo que me tranquiliza, que me faz aceitar os limites, a distância, as dificuldades. Nada se compara a saber-se querida, ainda que nossas vidas corram paralelas, com pequenos hiatos de encontro entre grandes espaços de saudade.

Hoje estou aqui, amanhã volto obrigatoriamente para minha vida normal. Mas volto com um olhar e um diálogo gravados na alma: "Afinal de contas, você me quer? Quero."

Who Wants To Live Forever (Queen)

There's no time for us,
There's no place for us...
What is this thing that builds our dreams
Yet slips away from us?

Who wants to live forever?
Who wants to live forever...?

There's no chance for us,
It's all decided for us,
This world has only one sweet moment
Set aside for us.

Who wants to live forever?
Who wants to live forever?...

Who dares to love forever
When love must die?

But touch my tears with your lips,
Touch my warmth with your fingertips
And we can have forever
And we can love forever
Forever is ours today

Who wants to live forever?
Who wants to live forever?
Forever is our today...
Who waits forever anyway?


Quem gostaria de viver para sempre

(Queen - tradução livre minha, para você, amado)

Não há tempo para nós,
Nem lugar para nós...
O que é isto que constrói nossos sonhos
E no entanto foge de nós?

Quem gostaria de viver para sempre?
Quem gostaria de viver para sempre...?

Não há chance para nós,
Tudo já foi decidido por nós,
Este mundo só tem um doce instante
Reservado para nós.

Quem gostaria de viver para sempre?
Quem gostaria de viver para sempre...?

Quem ousaria amar para sempre
Quando o amor tem de morrer?

Mas toque meu pranto com seus lábios,
Toque meu calor com a ponta de seus dedos
E podemos ter o sempre,
E podemos amar para sempre.
"Para Sempre" é nosso hoje.

Quem gostaria de viver para sempre?
Quem gostaria de viver para sempre?
"Para Sempre" é nosso hoje...
E quem é mesmo que espera para sempre?

8.11.07

Guardiães do Cerrado

Já choveu aqui umas poucas vezes desde a última visita. A grama agora está verde, as copas das árvores cheias de folhas novas e brilhantes. Os pássaros planam como a brincar no ar seco e limpo da poeira. As nuvens desfilam lentamente por este céu imenso, ainda indecisas se vão partir ou ficar.

Este céu, este céu... ele e as árvores retorcidas e inclinadas do cerrado, sempre parecendo marchar juntas numa mesma direção, são os guardiães desta terra cheia de contrastes. São eles também os guardiães do meu sentimento, tão grande, tão grande, imenso como o céu de Brasília, passeando tranquilo pelo meu coração como as fofas e brancas nuvens voando altas acima da minha cabeça.

Estou tranquila, o coração explodindo em flor. Em flor roxa de ipê. Isso tudo que estou sentindo acho que só posso chamar de plenitude. Plena de mim, plena da presença dele, plena do céu do planalto. Plenamente feliz.

5.11.07

Administrando as diferenças

Todos somos diferentes. Parece óbvio, mas não é. Tudo aquilo que torna aparentemente semelhantes os indivíduos dos diversos grupos a que pertencemos são semelhanças superficiais. Debaixo do verniz somos todos muito diversos, cada um é em si mesmo um mundo de coisas, e muitas vezes morremos sem explorá-las.

Eu tenho esta curiosidade quase felina a respeito das diferenças. Eu não apenas respeito, eu admiro e reverencio aquilo que torna meu outro diferente de mim. Não sou Narciso e não preciso de um reflexo de mim. Quero um mundo diferente para explorar, quero que este outro percorra o meu universo e me mostre com seu olhar diferente coisas a meu respeito que eu nunca tinha percebido antes.

Eu, que sou menina de apartamento, nunca aprendi a subir em árvores. Hoje sonho com um descampado onde só existe um monumental ipê-roxo, de tronco forte e largo, todo florido, para que eu possa escalar. Espero, de alguma forma, do meu jeito dengoso e meio inocente de gente de estufa, que eu traga a este terreno inóspito do cerrado uma suavidade que ele nunca conheceu.

Brasília me espera. Amado, estou chegando.

21.10.07

Coroa de flores de ipê

Meu lindo minerin-candango, você vive longe de mim, não posso estar sempre que quero olhando fundo nos seus olhos. Eles estão, entretanto, dentro de mim; toda vez que fecho os meus olhos é para ter você me fitando dentro da minha retina, com suas duas fundas piscinas escuras, de águas limpas como os lagos subterräneos de algumas cavernas.

Entendo, entendo tudo que vocë não pode dizer. Quanto ao que gostaria de dizer, bem, o charmoso Jorge Aragão já falou por mim em sua cantoria mansa. Então tem recado dele para você.

Lucidez

Por favor!
Não me olhe assim
Se não for
Por viver só prá mim...

Aliás!
Se isso acontecer
Tanto faz
Já me fiz por merecer...

Mas cuidado não vá se entregar
Nosso caso não pode vazar
E tão bom se querer
Sem saber
Como vai terminar...

Onde a lucidez se aninhar
Pode deixar
Quando a solidão apertar
Olhe pro lado
Olhe pro lado
Eu estarei por lá...

4.10.07

Enchendo as lacunas

O meu amigo Evandro Ferreira é uma pessoa especial que a Internet me deu de presente. Nos conhecemos numa lista de comentários de um blog, imediatamente iniciando uma bela argumentação a respeito das nossas opiniões divergentes. O fato de não ter virado briga - porque Evandro é o Lorde Fofinho, querido, um gentleman que não briga nunca - acabou por nos tornar amigos, e o motivo da discusão se perdeu no pó da estrada.

Outro dia eu atualizei meus links da coluna da direita do Asa, e redescobri a alegria de ler os textos do Evandro. Passei a assessar os blogs dele regularmente, no ritmo que minha atual vida alucinada me permite. Ontem, portanto, achei o post "Coisa mais linda do mundo", linkado no post logo aí embaixo. Como é uma declaração de amor com conteúdo, de verdade, me emocionou muito.

Deixei um comentário falando o quanto era bonito ver este amor, mas pedindo a ele que não me fizesse chorar. O querido me pediu desculpas, e tivemos uma MARAVILHOSA troca de e-mails ontem de noite, que tenho certeza aliviou meu trabalho noturno e o dele. O Evandro postou o e-mail dele no post Para uma borboleta e me senti na obrigação de preencher as lacunas, colocando meu e-mail anterior no Asa:

"Querido,

Uma cachoeira não se desculpa por espirrar água linda, ruidosa e abundantemente sobre os visitantes, uma rosa nem esquenta de espetar os dedos dos seus admiradores mais audaciosos. Você não precisa se desculpar por ser lindo, meu amigo.

Mas que eu chorei, chorei. Choro agridoce de beleza misturado com tristeza.

Comecei pensando que você é um afortunado de ter encontrado um amor assim, mas eu estava errada e eu mesma me corrigi: este amor lindo assim vem de dentro de você, já estava aí, a Henrie o merecia e então o encontrou, e veça-virse. Vocês dois são de uma lindeza que deixa a gente embargada...

Depois eu pensei em tudo e o tanto que já perdi na vida, no tanto que minha mão amiga já levou tapas pela internet, o tanto que eu procuro um homem que aceite meu amor, sem encontrar (me pergunto se eu mereço ter um amor assim...) e aí fiquei bem triste.

Foi então que eu lembrei que você e a Henrie e a Melinda fazem parte de minha vida, e isso me consolou.

Ainda estou com o coração apertado, mas não choro mais.

Amo muito você, acho que nunca disse isso com todas as letras, mas é verdade."

Pois é isso que é amor, que é amizade, queridos amigos do Asa, é sentir o outro como um presente, "a energia que faz nosso coração mais feliz" como meu amigo Evandro escreveu. É saber que a distância dói, mas doeria mais a ausência da pessoa amiga em nossas vidas. É aceitar o outro inteiro, mais que isto, sentir de verdade que o outro não poderia ser diferente do que é, que está certinho do jeito que está.

Por isso é que eu acho que tanto eu quanto ele, primeiro em separado e depois conversando juntos por e-mail, decidimos tornar estas mensagens públicas: porque queremos que as pessoas vejam e saibam que no meio desta tumultuada corrente de gente que passa e some sem deixar rastro, gente que usa e abusa, gente que não liga, encontramos um AMIGO.

É uma coisa muito preciosa.

3.10.07

Redescobrindo Evandro

Houve uma época em que nos falávamos sempre pelo telefone, às vezes horas. Nestas conversas consertamos o mundo e montamos o Outonos. Desde então, muita coisa na nossa vida mudou, mas o amor e a admiração que eu sinto por ele só fazem aumentar.

Eu nâo vou falar mais nada não, vão vocês e descubram porque estou aqui enxugando lágrimas e sorrindo e morrendo de vontade de dar um abraço nele.

30.9.07

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O Andar da carruagem



Há mais de três anos eu o convidei para dançar, antes que ele estivesse preparado para dizer sim, e a dança não aconteceu. Deixei-o livre, ele retornou à minha vida meses atrás, diferente. Mais próximo de um outro jeito. A dança continuou sem acontecer. Continuei a deixá-lo livre, bicho solto que é.

Hoje me despedi dele mais uma vez, numa cidade mais perto do céu que a minha. Hoje - e eu digo isto feliz e tranquila - sou a "menina sua amiga", e pretendo usufruir o quanto puder deste amor que não vai embora que é a amizade. Deixando-o livre, sempre, cada vez mais livre - e mais confortável, espero.

Só que a música continua tocando em meu coração, meu amigo. Algum dia vamos fazer juz a ela e finalmente dançar? Ainda acho que vai ser uma coisa linda para lembrarmos (e lembrar-mo-nos), tanto quanto tem sido lindo imaginar.

E, hoje, este é o andar da carruagem.

25.9.07

Assim Caminha a Humanidade

Ou o mundo fica cada dia mais maluco ou sou eu que me perco nele, por pura incompetência cognitiva. Entretanto, há momentos que meus amigos correm em meu socorro e iluminam a coisa um pouco para mim.

Um destes momentos iluminados acabei de receber lendo o Agonizando 2 do meu amigo Evandro Ferreira (link na coluna da direita - eu disse DIREITA, Evandro! risos). Vejam só esse texto. No blog dele tem ainda o FILME, que é um ensaio filosófico profundo. Só mesmo um pensador como o Evandro podia me sair com um post destes.

Amigo, saudades. Entregue à sua mais linda namorada e à sua cachorrinha mais amada beijos meus. Logo estaremos juntos novamente, viu?

Leitores do Asa: leiam, vejam, aprendam.

"Conhecimento e fofura September 15, 2007

A vida é uma coisa interessante.

Hoje me peguei subindo o elevador. No chão, um contêiner com minha cadelinha. Em uma das mãos, uma mantinha xadrez, laranja e branca. Sobre a mantinha, um livro de filosofia política de Eric Voegelin. Na outra mão, o Pipi Dolly’s dela."

18.9.07

Não tendo você aqui

Não tendo você aqui, janto no sofá, sem luzes,
Olhando a noite andar lentamente pela janela.
Não tendo seu olhar sobre mim,
Não tenho vontade de sorrir e a boca mantém-se cerrada.
Sem seu ouvido atento, que adianta falar?
Permaneço em silêncio.
Sem sua mão para segurar,
A minha permanece espalmada, pedinte, indigente.
Sem seu corpo para me ninar,
Permaneço insone até que o cansaço me feche os olhos.

Aguardar é duro, amado, quando tudo que olho em volta
Me lembra sua presença ou sua ausência.
A saudade do que nunca tive virou saudade, apenas.
Meu coração bate em tempo com as sílabas do seu nome.

Cole Porter faz cada vez mais sentido...
Não tendo você aqui,
É com ele que durmo hoje à noite.

Night and Day

Like the beat beat beat of the tom-tom
When the jungle shadows fall
Like the tick tick tock of the stately clock
As it stands against the wall

Like the drip drip drip of the raindrops
When the Summer shower is through
So a voice within me keeps repeating
You, you, you

Night and day, you are the one
Only you beneath the Moon or under the Sun
Whether near to me, or far
It's no matter darling where you are
I think of you
Day and night, night and day, why is it so

That this longing for you follows wherever I go
In the roaring traffic's boom
In the silence of my lonely room
I think of you
Day and night, night and day

Under the hide of me
There's an oh such a hungry yearning burning inside of me
And this torment won't be through
Until you let me spend my life making love to you
Day and night, night and day