4.2.04







No Nevoeiro

© 2004 - Rui Vale de Sousa


Mea Culpa



Deus do Céu, esta eu não podia ter feito. Mas eu fiz. Eu esqueci o aniversário de uma das pessoas que mais me importam no mundo. Eu ESQUECI, Dennito! Dormi tarde dia 01, acordei cedo dia 02, peguei ônibus para o Rio, cheguei no meio da tarde já brigando com o banco, voei para a reunião de coordenação na faculdade, cheguei em casa às dez da noite, e simplesmente esqueci!

Lembrei deste aniversário especial o mês de janeiro inteiro, virou fevereiro e ele voou da minha cabeça! Que posso fazer para compensar esta falha, querido? Pago uma prenda? Faço penitência (não ria, amiga do Renan! É sério isto aqui!)? Me jogo do décimo andar? Como diria o menino especial, bosta frita! Desculpa, desculpa, desculpa!

Meu amigo, há muitos presentes que gostaria de dar, e estão acima das minhas possibilidades. Queria transformar este nevoeiro que o cerca em um dia de sol de primavera. Não posso, não posso, Dennito, mas queria. Queria transformar cada morte em nascimento, queria – com minha presença ou com minha ausência, o que te fizesse mais bem – adoçar sua vida e acalmar seu coração. Está tudo fora de minhas mãos, Dennis, não depende de mim, e esta é a dor mais doída de todas.

Mesmo assim, vou desejar com FORÇA, feliz aniversário, meu amigo. Há de ser feliz, há de ser feliz, este ano que inicia. E no próximo dia dois de fevereiro o nevoeiro há de ter-se dissipado.

Todo o amor, da sua amiga de sempre



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