Sem pretensão de ser nada além de uma pessoa que publica seu coração online.
Sem vontade de parecer nada além do que eu realmente sou.
Sem paciência para ego nenhum, nem o meu nem o dos outros.
Sem medo de nada a não ser de me perder no caminho.
Hoje eu quis vir aqui, sem ter muito o que falar, sem nenhuma obrigação de apresentar para vocês asas iridescentes ou pó de pirlimpimpim. Meu pai está muito doente e eu estou muito cansada. Mas a vontade de vir aqui permanece, este meu sentimento de curiosidade profunda a respeito de quem está aí, do outro lado desta tela iluminada...
Uma adolescente pensando que achou uma amiguinha
(achou sim, lindinha)...
Um serial killer pensando em fazer angú de borboleta
(um peteleco no seu nariz!)...
Uma pessoa sozinha pensando em suicídio
(pára de merda e vem conversar)...
Um amigo distante em busca de notícias
(você tem meu número de telefone)...
Um inimigo antigo em busca de regozijo
(fique à vontade!)...
Um estranho que já foi meu melhor amigo
(siga em paz, querido)...
Um estranho que ainda vai ser a pessoa mais importante da minha vida
(você está atrasado!)...
Um blogueiro preguiçoso em busca de plágio
(ih, nem tente, poucas pessoas têm força para ser eu; publique um gif animado e deixe para escrever amanhã)...
As reticências são tantas que o interesse pelo que acontece (e eu não fico sabendo) me mantém vindo aqui, mês após mês. Não há tristeza, alegria, sofrimento ou felicidade que me distraiam do interesse pela vida que eu sinto fluir subterrânea. Aqui ou no meio da madrugada, namorando a lua.
Que, aliás, está me chamando.
Beijo em todos, menos no serial killer. Aiaiai, menino, que coisa feia! Vá arranjar algo de útil para fazer!
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