8.1.03



As Flores do Jasmineiro

As borboletas vivem de beijar as flores. Sugam delas o doce néctar que as alimenta, e seguem adiante, procurando outras flores. Se não encontram flores para beijar, morrem. Eu sou uma borboleta de sorte, encontrei logo de uma vez um farto e perfumoso arbusto de jasmim, daqueles que se usa para cobrir caramanchões e se enchem de pequeninas flores rosadas que soltam um cheiro maravilhoso ao entardecer...

Esta arbusto está coberto de flores, 125 flores, na última contagem. Cada uma delas tem seu perfume especial. E cada uma delas é uma preciosidade em forma de escrita. Estou falando do blog Mil e Uma Pequenas Histórias, do português Luis N., um verdadeiro artista que encontrei na Net, graças à delicadeza (uma constante) do meu amigo Dennis.

São descobertas como esta que colocam de volta a força debaixo das minhas asas, que estavam tão murchinhas com os acontecimentos vários do fim de 2002. Repleta de pólem dourado e nutriente, presente do talentoso Luis, posso voltar a voar.

Aqui estão alguns botões deste lindíssimo jasmineiro. Usufruam destas flores e de todas as outras, usando o link logo ali abaixo do logo da borboleta. O lindo banner também foi presente do meu querido Dennis, que me estraga de mimos...


Avançou com confiança em direcção ao seus sonhos. Nem muito depressa nem muito devagar. Um avançar feito de avanços mas também de recuos e de pausas. Com confiança mas não sem dúvidas. Sempre mais além na direcção da linha do horizonte, onde os sonhos vivem, a confiança em si mesmo e nos sonhos alimentando um movimento perpétuo. Avançou, avança ainda e há-de avançar, sempre em direcção aos seus sonhos. Os sonhos, esses, estão-se nas tintas.
afixado por Luis N em 27.8.02


Não é verdade nem mentira que o dia esteja cinzento mas eu sei que está, ou talvez eu esteja. Sempre tive dificuldades em distinguir o interior do exterior, o côncavo do convexo, o dentro do fora, o eu dos outros. Este facto trouxe-me bastantes problemas ao longo da vida e vi-me forçado, inúmeras vezes, a explicar aos outros aquilo que, no geral, chamavam as minhas distracções e, nalguns casos, as minhas bizarrias. As coisas são o que são e disso nunca tive dúvidas, embora saiba perfeitamente que não é verdade nem mentira que o sejam. A realidade e a ficção são duas faces da mesma moeda, por assim dizer. Foi nisto que sempre acreditei e toda a gente que me conhece sabe que é assim. Quando anunciei que me apaixonara por uma personagem de ficção e íamos casar, todos foram unânimes em dizer que o casamento não fazia sentido: eu vivia no mundo da lua, nunca iria resultar.
afixado por Luis N em 30.8.02


Não me parece provável que a humanidade alguma vez se canse de contar e de ouvir histórias. A mim, às vezes, cansa-me contar histórias, outras vezes, ouvir, mas quando não me apetece contar apetece-me ouvir, sempre uma ou outra coisa ainda que não as duas ao mesmo tempo. Nisto não devo ser diferente do resto da humanidade porque, ao fim e ao cabo, sou humano, e nunca me canso de contar e ouvir histórias. É por isso que acredito que as histórias nunca vão acabar de ser contadas e de ser ouvidas, enquanto a humanidade existir e mesmo depois disso.
afixado por Luis N em 7.1.03

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