7.5.04





Storm at Sea


O Oceano e a Tempestade



Gota, goteja. Chove, pinga, troveja.

Ela cresce. Dentro de si explodem energias em rasgos de luminosidade. Ela rodopia em torno de si mesma, e as forças conflitantes batem e rebatem de encontro uma à outra, com explosões e ribombos. Ela dança. Rodopiando, ela o vê, deitado em repouso cheio de força, à beira do movimento que ela ama. Ela grita por ele com a voz do trovão.

Vento, venta. Sopra, bufa, solfeja.

Ele se eleva. Sua pele se encrespa em mil arrepios ao vê-la selvagem, magnífica, pousada sobre seu corpo. Seu poderoso corpo se ondula em mil movimentos de amor, na busca de tocá-la. Ele dança com ela a sua dança, suas evoluções de água indo de encontro às evoluções de ar que vêm dela.

Onda, ondula. Mexe, bate, volteja.

Ela espalha seus longos cabelos de nuvem sobre o peito forte dele: vagalhões que retumbam em eco a seu ribombar. Trocam beijos de eletricidade. Ela corre as mãos de chuva pelo seu dorso de mar. Gemem gemidos de ar.

Ondulam, ventam, gotejam. Mexem, bufam, trovejam.

O poeta, assistindo da praia, corre pela areia de braços abertos como a voar. Boca escancarada de chuva, cabelos soltos no ar. Grito solto no vento, pés molhados de mar. Testemunha ignorada da dança do amor, ele observa de olhos muito abertos, o coração a murmurar: belo, belo, belissimo!

OceanoMauro Malavasi

Piove sull'oceano, piove sull'oceano
Piove sulla mia identitá
Lampi sull'oceano, lampi sull'oceano
Squarci di luminositá

Forse qua in America i venti del Pacifico
Scoprono le sue immensitá
Le mie mani stringono sogni lontanissimi
E il mio pensiero corre da te

Remo, tremo, sento
Profondi e oscuri abissi

É per l’amore che ti do
É per l’amore che non sai
Che mi fai naufragare e
É per l’amore che non ho
É per l’amore che vorrei
É per questo dolore
Questo amore che ho per te
Che mi fa superar queste vere tempeste

Onde sull’oceano, onde sull’oceano
Che dolcemente si placherá
Le mie mani stringono sogni lontanissimi
E il tuo respiro soffia su me

Remo, tremo, sento
Vento in fondo al cuore

É per l’amore che ho per te
Che mi fa superare mille tempeste
É per l’amore che ti do
É per l’amore che vorrei
Da questo mare
É per la vita che non c’é
Che mi fai naufragare in fondo al cuore
Tutto questo ti avrá te e a semberá
Tutto normale