Ruins
Reforma
Primeiro vem o quebra-quebra. Devagarinho as paredes vão-se abrindo em janelas e da escuridão faz-se a luz. Mas a luz nos mostra que há centenas de pequenos defeitos a ser corrigidos, milhares de mínimas falhas para consertar. Pega o formão, respira fundo, bate-bate, fura-fura, derruba, joga fora o entulho.
Depois do sofrimento começa a construção. Às vezes a construção é lenta, parece que nunca vai acabar. Faz a argamassa, espalha em cada tijolo, monta o complexo quebra-cabeça, deixa secar. Enche os buracos, alisa a massa, faz a parede crescer. Dá forma ao conteúdo novo, faz um novo espaço nascer.
De repente, surpresos, nos pegamos colorindo uma vida que estava cinza, ordem e beleza brotando do caos, olhamos em volta perplexos e nos perguntamos: "Mas fui EU que fiz tudo isto?"
Para Maurício, com um beijo.
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