31.10.03




As maneiras e formas do amor



A minha amiga Atena, no seu Templo, escreveu sobre o amor cavalheiresco - e minha querida Deusa Mãe Deméter falou da "pesada cruz do amor". Questionaram por lá a validade do amor, e como já disse tantas vezes, chamaram de amor o que amor não era. Eu, por minha vez, para explicar o que chamo de amor, fiz uso da linda imagem do triângulo amoroso de que tanto fala meu amigo Ruy do Despoina Damale: aquelas duas almas que unem as mãos e seguem juntas rumo à eternidade e ao Cristo. Este é o amor que eu busco. Inteiro, elevado e banal, completo na sua pequenez e na sua grandeza. Mas uma outra mulher já disse isto melhor do que eu. Melhor do que ninguém.


How Do I Love Thee?
Elizabeth Barrett Browning


How do I love thee? Let me count the ways.
I love thee to the depth and breadth and height
My soul can reach, when feeling out of sight
For the ends of being and ideal grace.
I love thee to the level of every day's
Most quiet need, by sun and candle-light.
I love thee freely, as men strive for right.
I love thee purely, as they turn from praise.
I love thee with the passion put to use
In my old griefs, and with my childhood's faith.
I love thee with a love I seemed to lose
With my lost saints. I love with the breath,
Smiles, tears, of all my life; and, if God choose,
I shall but love thee better after death.


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As formas que te amo? Deixe-me contá-las
Eu te amo na altura, na largura e na profundeza
Que alcança minha alma, quando fora da vista tateia
Em busca dos limites do ser e da ideal graça.
Eu te amo ao nível da necessidade diária
Mais calada, à luz do sol e ao lume da vela.
Eu te amo livremente, como homens buscam justiça.
Eu te amo com pureza, como eles fogem da lisonja.
Eu te amo com paixão utilizada
Em minhas velhas dores, com minha fé de infância.
Eu te amo com um amor que pareci perder
Com meus santos perdidos. Eu te amo com o respirar,
Sorrisos, lágrimas, de toda a minha vida; e se Deus quiser,
Eu te amarei ainda melhor quando morrer.


Tradução canhestra da Sue

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