10.3.05


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Águas de Março



É... o mês de março tem tido um peso grande na minha vida, grande e triste, e acho que nunca mais vou conseguir encará-lo com alegria. As águas que levam embora o verão levaram mais coisas embora, e pessoas.

Não me entristeço em demasia, contudo; a água levou, mas também lavou. A cada problema, a cada tempestade, a cada luta, a cada tristeza a alegria interna se torna maior e mais sólida. E minha alegria interior tem-se manifestado com muita força justamente quando quem amo está mais fraco, mais triste. Aí ela se derrama sobre o coração ferido ao meu lado, e minha fraqueza se torna força, e minha dor se apaga de minha consciência, e curar a dor dele é minha alegria.

Os celtas entravam no campo de batalha nus e cantando, sorrindo ferozmente, e eram o pavor de seus inimigos.

Eu, portanto, já aviso aos navegantes: minha alma e meu coração já foram desnudados, o sorriso feroz está no rosto, e tudo o que se ouve à minha volta é o barulho da pedra afiando a espada. Os que querem ferir ou roubar a alegria daquele que amo que comecem a correr se eu começar a cantar.

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