18.8.02

Smile, though your heart is aching
Smile, even though it’s breaking
When there are clouds in the sky, you’ll get by
If you smile, through your fear and sorrow
Smile, and maybe tomorrow
You’ll see the sun come shining through for you


Light up your face with gladness
Hide every trace of sadness
Although a tear maybe ever so near
That’s the time you must keep on trying
Smile, what’s the use of crying
You’ll find that life is still worthwhile
If you just smile


Em certas horas o coração frágil dos seres humanos parece que não agüenta a beleza. O coração fica dividido entre o aperto da melancolia e a expansão do arrebatamento estético, e parece que a alma vai rasgar ao meio. É nessas horas que se tem sorte de ter asas e alma de borboleta, pois já sabemos que toda a beleza é efêmera, e que por isso ela causa esta dor. E não apenas suportamos a dor, mas transformamos a dor e as suas lágrimas num doce néctar que alimenta o espírito.

Hoje eu me senti assim quando visitei a casa de um amigo. Na entrada, ele me recebeu com a linda canção “Smile”, do Nat King Cole. Foi muito hospitaleiro, mostrou-me a casa toda, seus desenhos, seus escritos. O tempo todo tocava uma linda canção. Depois de um determinado momento, sendo tudo tão lindo, pus-me a sorrir e a chorar, ao mesmo tempo. Sua casa, meu amigo, é bela como seu coração, e contemplar os dois parte meu coração em mil pedaços. Então, cada pedaço vira um coração.

Hoje estou toda coração.

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